sábado, 2 de janeiro de 2010

Tripstreaming



29/12
Quando comecei a planejar minha viagem de fim de ano, prometi a mim mesmo que, tanto quanto fosse possível, aproveitaria o percurso para blogar minhas impressões e experiências. Pretendia ter começado ontem, com um post sobre a preparação da viagem, mas tive vários contratempos que atrasaram tudo. Além do mais, esse clima de final de ano, confraternizações e festas não me fez bem na última semana. Passei alguns dias chateado, lembrando de momentos importantes que aconteceram nos últimos anos, nessa época, e tentei evitar remoer histórias e saudades. Também, ninguém merece ler um texto chato sobre lembranças que só dizem respeito a duas pessoas.

Quase desisti da viagem ontem à noite, quando vi a previsão do tempo que prometia dias de chuva no litoral. Hoje, quando acordei cedo e vi o tempo fechado, novamente repensei meu percurso e minhas expectativas, mas a certeza de que deveria fazer a viagem, como uma espécie de "portal" para novas histórias, falou mais alto.

Saí de Sorocaba às 6h, num ônibus com destino a Santos. O tempo fechado acompanhou todo o trajeto, que percorri roncando. Chegando à rodoviária, pesquisei o melhor caminho para chegar à balsa que leva ao Guarujá. Corriqueiramente, me perdi na cidade (o perto dos moradores nem sempre é o nosso perto), pedi informações, me irritei com o trânsito - incrivelmente mais travado que o sorocabano - e consegui chegar na ciclovia da orla.

A visão do mar sempre nos recompõe (pelo menos pra mim, não é assim contigo?) e tomei o rumo da balsa, que rapidamente encontrei. Antes de continuar, um aposto: a ciclovia de Santos é muito bem organizada. Sem comparações com a sorocabana, é dotada de toda sinalização e fiscalização necessárias ao seu bom funcionamento.

Tomei a balsa rápida e gratuitamente e, chegando no Guarujá, sem a menor noção do caminho, segui "reto toda vida". O trânsito estava bastante travado e, mesmo com uma faixa exclusiva para bicicletas, poucos motoristas respeitavam o nosso percurso. Devo atentar aqui, também, para a minha dificuldade em guiar a bicicleta com tanto peso. Tinha a impressão de dirigir um caminhão: quando embalava, seguia rapidamente, mas quando precisava frear bruscamente, não encontrava uma resposta ágil e eficiente.

Entre essas dificuldades, encontrei meu caminho e segui na direção da balsa - agora, a que leva a Bertioga. Num posto, perguntei sobre a distância e me informaram 30km. Como em Santos, deveria acompanhar a orla para chegar a ela (balsa). Assim que cheguei à praia, encontrei um povo muito mais bonito, pedalando, correndo e praticando esportes logo cedo (ainda eram 10 da manhã; levei pouco mais de 40 minutos entre a rodoviária de Santos e a praia da Enseada no Guarujá).

Ao chegar à praia, agradeci à minha determinação em viajar. O tempo abriu e um sol forte iluminava toda a orla da Enseada, prometendo ótimas perspectivas. Cruzei um rapaz sem braço e pensei "Tubarões". Procurei um quiosque onde pudesse comer alguma coisa, mas a maioria abre somente às 11h. Encontrei um que timidamente atendia aos banhistas e lá descansei por quase 1 hora. Besuntei-me (nossa, cadê meu dicionário de sinônimos?) de protetor e segui viagem.

Inesperadamente, a balsa não fica no fim da praia, como em Santos. Peguei a rodovia Guarujá-Bertioga e segui por mais de 20km. A estrada me lembrou muito a SP-79, que chega ao litoral sul: muito arborizada, cheia de pontos de sombra e descanso e sem acostamento. Minha sorte foi o movimento bem fraco de carros, então pude trafegar normalmente pela rodovia, sem sobressaltos. No meio do caminho, cruzei, em um boteco de beira de estrada, um grupo grande de ciclistas que vinham da Riviera de São Lourenço. Me refresquei na bica do local e me informei sobre a distância até a balsa e a existência de campings na região. Eu poderia chegar a Bertioga e procurar algum ou parar na Prainha Branca.

Coincidentemente, há quase 2 anos, quando fui pela primeira vez à Riviera, uma amiga me indicou esta praia como um ótimo destino. Com acesso fechado a carros e motos, só se chega à Prainha por uma trilha ou por barcos. Segui meu caminho na dúvida sobre o que escolher e, assim que cheguei à balsa, uma ambulante indicou a Prainha como um destino mais divertido.

A essa hora, já tinha rodado pouco mais de 50km. Começava a bater um cansaço, mas queria seguir viagem. Tomei a trilha para a Prainha e juro que os primeiros metros quase me fizeram desistir. Íngreme, mesmo coberta de pedras e com escadas, a trilha é cansativa para quem carrega uma bicicleta lotada de suprimentos (cerca de 30kg a mais que o normal). Segui pela trilha por cerca de 20 minutos e encontrei uma praia paradisíaca. Pouco habitada, com areias bem fofas e ondas fortíssimas, a Prainha Branca é perfeita para a prática do surfe.

Procurei um local onde pernoitar e, na pousada Raio de Sol, pude me assentar em um quarto, ao invés da precisar armar minha barraca. Por R$50,00, acomodações simples, camas arrumadas, um ventilador e nenhuma TV. Nem sinal de celular. Ao meu redor, muitas barracas e animação entre os visitantes, que preparam um churrasco. Desarmei a bicicleta, tomei um banho (em banheiro coletivo) e me acomodei no quarto para descansar as pernas da viagem. Dormi das 14:30h às 17h e fui pra praia.

O mar estava ainda muito bravo, então procurei uma mesa no "Larica's Point" (é bem isso que você está pensando: hippies, pés sujos e toda a fauna que curte reggae). Apesar da alta temporada, o restaurante tem preços bem honestos, com lanches entre R$3 e R$9, porções entre R$8 e R$25 e Skol garrafa a R$4. Pedi umas cervejas e um "X-Larica", que é servido no prato. Caso você venha um dia para cá, não repita meu erro e peça uma porção ou um PF. O lanche vem em 2 pratos: num, os ingredientes; no outro, os pães. E você mesmo monta, na mesa. :S (Update: acho que isso é comum no litoral, pois no dia seguinte vi o mesmo expediente em outra praia)

Fiquei chapado só com a marola da mesa ao lado, que fumava um charuto de responsa (!!). Apesar disso, tem bem o clima da Praia Azul, daquela novela antiga, sem Rodrigo Hilbert e Paulo Vilhena. Em compensação, para os homens é ótima: meninas muito bonitas e solícitas, várias carregando mochilões e barracas, prontas para armá-las (puta merda, que trocadilho infame). Mesmo com tantas meninas, a bunda mais bonita da praia era de uma garota que perambulava pela areia, como a aguardar alguém. Ninguém se aproximava, o tempo passava e ela continuava indo e vindo pela praia. Então atinei que ela talvez estivesse aguardando um cliente, alguém que lhe questionasse o preço dos serviços. Até a hora em que fui embora ela continuava esperando, desolada. Mas sua estratégia era muito tímida; justo num lugar que não tem esquinas. Ou pode ser tudo viagem minha, mas é bem mais divertido inventar histórias sobre as pessoas.

Enquanto curtia a praia, me divertia com a inexistência de sorocabanos aqui, essa raça que se encontra em todo lugar (no carnaval de 2008, na Riviera, caminhava pela praia quando encontrei a Ester do Arara, que curtia o fim de tarde de bicicleta). Mas pouco antes de voltar pra pousada, vi ao longe o Caruso, figurinha da noite sorocabana.

Agora, me preparo para dormir cedo, com os pés picados por borrachudos e um calor infernal. Só devo publicar este post amanhã, quando chegar à Riviera e encontrar wi-fi disponível. Pretendo chegar a Ubatuba em alguns dias, mas se encontrar uma nova praia como essa, não garanto que chegue.

UPDATE
Deitei por volta das 22h e tentei dormir. Passada cerca de meia hora, ouço barulhos estranhos no quarto. Quando acendi a luz, tinha uma barata na parede, ao lado da minha cama. Matei-a, chequei se não tinha outra por ali, fechei minhas malas e tornei a deitar, agora com as luzes acesas. Demorei a dormir, revirava na cama com o calor absurdo e quando já conseguia, enfim, pregar os olhos, ouvi barulhos novamente. Era uma nova barata, que agora me ignorava e se ocupava de chupar a cabeça da colega morta. Mais uma chinelada e dormi pensando em como deve ser triste resistir a bombas atômicas e sucumbir a um golpe certeiro de Havaianas.


30/12
Acordei às 6h, tomei um banho e meus suplementos, montei o alforge, levei um dedo de prosa com o dono da pousada e segui na trilha rumo à balsa de Bertioga. Se um dia você resolver ir à Prainha Branca, seja mais esperto que eu e leve poucas sacolas, nas mãos. Não carregue uma bicicleta pesada morro acima.

Cheguei à balsa completamente suado da caminhada de 20 minutos. Embarquei e pouco antes das 8h já estava em Bertioga. Tinha como meta chegar à Riviera pela praia, mas não foi possível pois a estrutura da cidade, na orla, deixa muito a desejar. Senti estar em Peruíbe ou Mongaguá, conforme me lembrava dessas cidades há uns 15 anos. Ruas de paralelepípedos soltos, trechos de areia em pleno centro, vielas que não levam à praia. E de repente cheguei à colônia do SESC, muito antes do que imaginava. Questionei algumas pessoas sobre o melhor caminho e todos me sugeriram seguir pela rodovia, pois a praia seria refúgio de bandidos (!!!).

Entrei na Rio-Santos pela primeira vez de bicicleta. Ao contrário do que imaginava, o trânsito estava bastante calmo e pude trafegar sem sobressaltos, curtindo música no iPod, com tempo bem aberto e sol ameno. Às 9h cheguei à Riviera, após pedalar por 25km desde o desembarque da balsa.

Na Riviera, aproveitei para circular por caminhos que não conhecia, baixei o ritmo das pedaladas e curti o visual do distrito, praticamente uma cidade independente pela estrutura que oferece aos moradores e visitantes.

Fiquei até às 11h, quando vi nuvens de chuva se aproximando e me surpreendi de ter rodado mais de 20km por lá. Me indicaram que em São Lourenço ou Boraceia encontraria campings ou pousadas onde poderia pernoitar. Resolvi encarar a estrada até Boraceia e quase me arrependi no meio do caminho. Eu não tinha me alimentado direito, estava só à base de creatina, termogênicos, maltodextrina e muita água. O cansaço me pegou, parei por alguns minutos, me reidratei e segui pela estrada. Cheguei a Boraceia me sentindo bem; vi uma praia animada e muitos campings de frente para o mar.

Entretanto, procurei uma pousada, para descansar com mais conforto. Encontrei uma casa que está sendo alugada por um preço bem baixo (50,00), pois será demolida ao fim da temporada para a construção de chalés. Claro que tem inconvenientes, como a quantidade absurda de pernilongos e um certo rumor de insegurança.

Tomei um banho e saí para comer alguma coisa. Então, descobri que a praia ainda pertence ao perímetro de Bertioga e, como tal, carece de infraestrutura básica. Saí da Praia Azul, dos surfistas, passei pelo cenário de novela do Manoel Carlos - quase um Leblon - e acabei no Mangue Seco. Um povo feio e farofeiro circula pela praia, muito diferente da Riviera. Eu, que imaginava não encontrar esse tipo de coisa no litoral norte, me surpreendi. Tudo bem que levei pra praia meu bronzeado perfeito: perfeitamente marcado com os pés brancos e a perna escura, de pedalar debaixo de um sol animal. Lindo de se ver!! Nadando, ouvi pérolas como a do casal de obesos jovens: o moço carregava a namorada chamando-a como "Aê, minha baleia, minha coquinha de 3 litros!". Também tive o desprazer de encarar um sujeito que se divertia jogando uma bola pela água e pedindo aos outros que resgatassem "Wilson". Provavelmente viu Náufrago ontem. Amanhã já terá esquecido.

Mas claro que também ouvi pérolas na Riviera. Um casal discutia, em meio à caminhada na praia. Ela: Era pra você comprar comida!! Comida é sobrevivência! Não uma raquete!! Ele: Comida é passageiro, acaba. Raquete é permanente.

Acabei de jantar num restaurante com preços de temporada. Questionei a existência de wi-fi, mas a garçonete me disse que nunca viu isso em Boraceia, "Esse fim de mundo que só funciona na temporada". Pedi uma nota fiscal com meu CPF e "Nossa, não sabia que CPF tinha tanto número" (sic).

Vou me deitar daqui a pouco. Para evitar os pernilongos, achei mais sensato (pasmem!) armar a barraca na varanda da casa ao invés de dormir nas camas disponíveis. Além de ter mosquiteiro na barraca, não me deito sobre um colchão que ignoro a última lavada. Melhor excêntrico que sarnento.


31/12
Dormi muito mal nesta casa. Como a segurança não é um item de série, passei a noite toda preocupado com a possibilidade de alguém entrar e levar bike, grana e tudo mais. Acordei cedo, arumei minhas coisas, tomei meus suplementos e segui viagem rumo a São Sebastião, onde pretendia passar a virada do ano.

Desde Sorocaba a bicicleta estava com um probleminha na transmissão, que não foi resolvido pela minha loja "de confiança". Deixei-a lá alguns dias, atrasei minha descida e mesmo assim não resolveram. Achei que daria para seguir o caminho todo, mas "Aí, sim. Fomos surpreendidos novamente".

Rodei por quase 50km e chegava a Maresias por volta das 9h, com as marchas pesadas cada vez mais difíceis de engatar. Em um trecho da viagem, que dependia de velocidade, joguei na última catraca e a corrente ficou presa, não corria nem para frente nem pra trás, quase me fazendo cair. A partir deste ponto só consegui rodar a bicicleta nas marchas leves, desenvolvendo pouca velocidade e com a sensação de "girar em falso". Com o peso todo dos alforges e mochila, a estabilidade ficou comprometida e achei mais seguro abortar a viagem. Não valia a pena correr o risco de ficar parado no meio da rodovia. Me informei sobre os horários de ônibus e aguardei-o na estrada, em Maresias.

Na volta, revi os cenários da estrada e revivi sensações da viagem. Mesmo não tendo chegado ao meu destino, fiquei muito feliz de rodar quase 200km em 3 dias, podendo curtir as paisagens e conhecer melhor cada detalhe que passa despercebido quando estamos num carro, em alta velocidade. Me surpreendo toda vez que checo, pelo Google Earth, a distância toda que rodei e as diferentes paisagens que cruzei. No ônibus, pude confirmar que fiz a melhor escolha ao optar por rodar pelas praias tanto quanto possível. O trecho de rodovia entre Santos e Guarujá é longo e muito movimentado. Seguindo pela orla e atravessando as cidades por balsas, além de rodar com tranquilidade, não senti a distância percorrida.

Cheguei em Santos por volta de 12:30h, marquei minha passagem e aguardei o ônibus assistindo à intensa movimentação da rodoviária de Santos no último dia do ano. Conforme os ônibus chegavam, dava para ter ideia do quão lotado estava o caminho para o litoral. Viagens de 3 horas virando 8, 12 virando 20 e pessoas desembarcando não cansadas, mas completamente destruídas. Olheiras, barbas por fazer, cabelos desalinhados e roupas amarrotadas eram cenas recorrentes. Me divertia assistindo a esse circo de horrores, enquanto o ônibus se atrasava.

Depois de 3,5 horas aguardando, finalmente iria embarcar. Aí, quando pedi para guardar a bicicleta no bagageiro, resolveram encrencar comigo. De uma hora pra outra, a mesma empresa que me levou resolveu que eu não poderia subir a serra com a bicicleta. Irritado com o atraso, armei o meu barraco e exigi o embarque. Não existiam motivos para me barrarem, principalmente porque no momento da compra das passagens comuniquei a minha intenção de carregar a bicicleta e nenhuma ressalva foi feita. Mas é aquela velha história: na hora de receberem seu dinheiro, tudo é perfeito. Da mesma maneira, foi assim quando levei a bicicleta para ajustes e revisões. Estão preocupados apenas com o seu dinheiro, nunca em te entregar um serviço bem feito. Ninguém se responsabiliza, ninguém te atende corretamente e o que deveria ser uma viagem de descanso e curtição vira um transtorno.

Pelo menos aproveitei como esperava os poucos dias de viagem.


02/01
Demorei com este post pois queria algo mais completo que a publicação direta pelo iPod permite. Hoje, vejo que fui muito sensato ao abortar a viagem em Maresias. No caminho de volta, pegamos chuva em boa parte da estrada e essa chuva continua caindo na região. Para quem pretendia chegar a Ubatuba (quiçá Paraty), enfrentar de bicicleta quedas de barreiras, estradas interditadas e nervosismo dos motoristas não seria um início de ano legal. Ainda estou assustado com o que aconteceu em Ilha Grande, sobretudo porque considerei a possibilidade de ir pra lá ao invés de fazer o percurso todo de bicicleta em São Paulo.

Tive a sorte de pegar os 3 breves dias de sol na região. Só foi uma pena não fotografar tanto. Pela praticidade, levei só uma câmera de celular e a qualidade das imagens deixa muito a desejar.

Para este ano, uma das metas é viajar sempre que possível. Curti demais a experiência e, como o maior investimento em equipamentos foi feito agora, posso me dar ao luxo de depender ainda menos de grana. Ou gastar em acomodações confortáveis.

Rodando 2 ou 3 horas logo pela manhã, dá pra vencer até 100km/dia sem grandes cansaços, podendo curtir a tarde e a noite para fazer turismo puro. Como disse uma amiga no último dia de trabalho em 2009, o melhor investimento que podemos fazer é em viajar e viver novas experiências. E só precisa de planejamento. De preferência, mais do que eu tive nesta viagem.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Livestream no Asteroid

Hoje tem Festa de Abertura do Asteroid Bar, aqui em Sorocaba, com show do @CopacabanaClub. Estarei lá fazendo um livestream e contando tudo o que rola na noite.

Se também quiser participar, twite usando a hashtag #FestaDoAsteroid e todos saberemos tudo o que rolou por lá, mesmo que não nos sigamos. Se quiser saber tudo o que falaram do Asteroid, clique aqui.

O Asteroid Bar tem internet wi-fi, então se tiver algum mobile e quiser twitar de lá, é sossegado. Se só tiver celular, sem 3G ou Wap, você pode twitar usando os serviços Sms2Blog ou Vivo Twitando. Cadastre-se em algum dos serviços disponíveis e seja feliz.

Se me encontrar e quiser que eu twite algo, estarei à disposição. Se acha tudo isso muito nerd, me chame pra uma cerveja, que topo rapidinho!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O interior também produz cases interessantes

Pretendia apenas twitar algumas impressões sobre uma promoção que estamos desenvolvendo na agência, mas percebi que 140 caracteres não seriam suficientes. Resolvi então escrever rapidamente sobre o case Marcyn Capricho, que vem se mostrando a cada dia mais surpreendente para nós.

Quando nos lançamos, em abril de 2009, a contar uma nova história sobre a marca, sabíamos que tínhamos um material muito rico em nossas mãos e que algumas ferramentas ofereciam grande potencial de engajamento entre as adolescentes.

A marca já era líder de mercado, mas apresentava um recall ainda muito ligado à revista Capricho. Era importante que a vinculássemos à marca fabricante - Marcyn - ao mesmo tempo em que apresentávamos um novo posicionamento, que colocava o comportamento teen como protagonista de uma história na qual a lingerie se tornaria coadjuvante indispensável.

Tivemos a sorte de começar o projeto pela conta online da marca, com a criação de um novo site e diversos perfis nas redes sociais. Aos poucos, fomos apresentando uma forma diferente de enxergar a lingerie, não mais com a exposição total das peças, mas como parte do dia a dia das garotas, da maneira como elas realmente a utilizam: Ora expondo um detalhe, ora compondo looks, ora encoberta.



Essa estratégia foi gerando grande empatia entre as meninas, que passaram a enxergar a marca como uma companheira frequente que oferece dicas, conteúdo, opções de produtos e, sobretudo, dialoga. Oferecendo respostas ágeis e diuturnas às dúvidas apresentadas ou permitindo que os rumos da campanha fossem determinados por elas (que escolhiam os anúncios que queriam ver na revista), criamos um relacionamento duradouro.

Então, um dia, somos surpreendidos com a foto de uma garota de 12 anos que tagueou o perfil da Marcyn Capricho no Orkut. Assim como as amigas na foto, ela aproveitou a alça do sutiã que estava aparente, para "marcar" sua relação com a marca.

Essa iniciativa gerou o insight que deu origem à promoção a que me referi no início do texto: Bem na Foto com Marcyn Capricho. Durante o mês de novembro de 2009, instigamos as garotas a produzirem suas próprias fotos com o tema "O que quase ninguém vê é o que te faz diferente", publicarem nos seus álbuns do Orkut e marcarem o perfil da Marcyn Capricho.

Tivemos a participação de quase 300 fotos, enviadas de todo o Brasil. A repercussão gerou um aumento nos acessos ao site na ordem de 40%, com grande procura pela aquisição da lingerie e interesse na promoção.

Em 1º de dezembro, um juri escolheu as 20 melhores fotos, que foram ao site para votação popular. Publicadas às 18 horas do dia 2, geraram quatro vezes mais acessos ao site que o normal e fecharam o dia com mais de 36 mil votos. Essa média se manteve nos dias seguintes, com ligeiras alterações. No momento da publicação deste post, temos mais de 155 mil votos.

Mas mais importantes que os números absolutos são os indicadores de engajamento das garotas com a marca. Analisando os dados do Analytics (pleonasmo?), vimos o interesse das visitantes pelos produtos e pela interação, não apenas a participação na votação. Mesmo que a página de entrada seja a da promoção, há logo em seguida a navegação pelos diferentes conteúdos do site e procura pela compra. Isso tudo sendo o site apenas uma vitrine de produtos e plataforma de interação, ainda sem um sistema de e-commerce.

Talvez pareça demasiadamente empolgado meu texto, mas fico muito feliz com a possibilidade de desenvolver um case tão especial nos resultados (que não apresentei por completo) numa agência do interior de São Paulo. Temos ainda um pouco desse ranço de que grandes cases são feitos por grandes agências nas capitais, mas a diferença – acredito – é o foco no planejamento estratégico bem executado e no conceito que permeia todas as ações. O bom uso das mídias sociais ainda é apreendido no dia a dia e, principalmente, no permitir-se ouvir o consumidor e aprender com ele, sem pressa.

É uma forma um pouco diferente de se trabalhar a publicidade - cada vez mais imediatista, sobretudo no interior - mas que oferece resultados muito mais duradouros.

Caso tenham interesse em conhecer mais este case, perguntem nos comentários.

UPDATE:

A promoção foi encerrada dias depois com mais de 350 mil votos. Abaixo, o vídeo case do trabalho realizado para a marca:

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estágio de Férias na TA Comunicação



A TA Comunicação está com inscrições abertas para seu programa de estágio de férias. Durante o mês de janeiro de 2010, disponibilizaremos vagas em todas as áreas de atuação da agência, oferecendo aos estudantes a oportunidade de aprender muito enquanto acompanham o dia a dia de uma agência de comunicação.



Para se inscrever, é só enviar email e currículo para contato@tacomunicacao.com.br, com assunto “Estágio de férias”, indicando a área pretendida (atendimento, planejamento, mídia, assessoria de imprensa, criação – direção de arte, criação – redação e web).


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Redes wi-fi em Sorocaba

Um novo post depois de quase 4 meses de ausência no blog. Muito trabalho, muitos problemas, mas também um Twitter muito mais atualizado. A rapidez e a mobilidade da ferramenta acabaram diminuindo consideravelmente meus updates por aqui. Mas, enfim, voltei porque o assunto não poderia ser tratado por lá.

Desde que comprei um iPod Touch tenho usado-o quase como um computador portátil. A facilidade na sua utilização tem-me feito praticamente abandonar o PC. E como passo muito tempo do meu dia fora de casa, comecei a caçar aqui em Sorocaba os lugares que oferecem acesso à internet por wi-fi. Foi até motivo de um twit há algum tempo a quase inexistência de estabelecimentos que acordaram para o poder de fidelização que um sistema de internet sem fio proporciona.

Obviamente, digo isso como heavy-user de internet, que depende do acesso para o trabalho e satisfação pessoal (hahahahaha). Mas falo de fidelização porque se encontro um local com wi-fi, passo lá muito mais tempo do que passaria normalmente, gastando, obviamente, muito mais.

Então, vamos à lista de bares com acesso à internet:

Salomé: Tem wi-fi com alcance bastante amplo. Já cheguei a encontrar sinal do roteador a duas quadras do bar. Rede fechada, é só solicitar a senha ao garçom.

Quiosque da Brahma no Shopping Esplanada: Rede fechada; é necessário solicitar a senha no balcão. Velocidade bem alta.

Jucalemão: Rede aberta, sem necessidade de senha. Velocidade alta e alcance amplo. Já twitei de dentro do cinema do Esplanada usando essa rede.

Baronesas: Rede fechada. Velocidade boa. O problema é o bar, completamente fechado e quente. Vale a pena entrar pra pegar uma cerveja, a senha e ficar do lado de fora.

Snooker do Gastão: Botequinho simpático na Vila Santana, em frente à igreja Santa Rita. Parei lá um dia para me refrescar da maratona de bike e achei uma rede aberta e bem rápida.

Praça de alimentação do Extra Santa Rosália: rede aberta e bem ruim. Sinal difícil de ser encontrado e lento. No mesmo local tem uma rede do Mc Donald’s, que muito de vez em quando funciona.

Tentáculos: a loja de roupas customizadas, que oferece pocket shows sempre, tem uma rede bem rápida. Fechada, é necessário pedir a senha.

Maranello: Localizado na marginal que liga Sorocaba a Votorantim, o posto oferece uma rede rápida e de alcance bem amplo. Para aquele twit de conveniência, vale a pena. Peça a senha no balcão.

Micheluccio: Oferece wi-fi fechada, com alcance bem amplo.

Ragazzo: rede fechada, mas lenta. Instável, já não encontrei o sinal dentro do restaurante ou achei de dentro do Burger King.

Fran’s Café: a rede funciona pelo sistema da Vex. Você só conecta se já tiver um provedor contratado. Tentei comprar um Voucher para utilizar, mas é absurdamente caro. Não vale a pena.

Paiol: Oferece wi-fi, mas ainda não testei. Recebi a dica pelo @grecodeluca. De acordo com ele, a rede é fechada e não muito rápida. Para acessar, é só pedir a senha ao "garção".

Expresso: Esse só descobri porque o @grecodeluca contou. Não curto o lugar; gente feia e mal educada compõem sua peculiar fauna. Mas oferece uma rede fechada e rápida.

Asteroid: o bar do pessoal do Wry tem wi-fi fechada e rápida. Basta solicitar a senha na recepção. Aliás, foi a resposta deles a um twit meu que motivou este post.

Padaria Real: Em pleno apagão que assolou 18 estados brasileiros, a Padaria Real do Campolim foi um dos poucos lugares que se mantiveram acesos, sem prejuízo das geladeiras ou do sistema de pagamentos. Fiquei twitando de lá enquanto a cidade estava às escuras. Uma rede rápida e aberta, que só caiu no início da madrugada porque a Net (Skavurska!) como um todo caiu.

Sucaria Saziki: Para os abstêmios que reclamam que só listei bares, segue uma opção saudável. A tradicional sucaria do Campolim oferece acesso à internet por uma rede fechada. Mas é só pedir a senha no balcão. No dia em que testei o acesso demorou muito, bastante lento. Testarei novamente em breve.

Botequim da Francisca: O bar das cervejas do mundo todo tem uma rede rápida e estável. Fechada, basta solicitar a senha ao garçom.

Rede Pública de Sorocaba: A pior de todas as redes wi-fi a que já me tentei conectar. Desculpem o termo, mas PQP, é um serviço dos mais porcos que já vi. Tipo o piso do centro. Fica o recado para a administração municipal: se não sabe brincar, não desce pro play. Não ofereça um serviço que não domina.

Aos poucos, atualizarei o post. Se você conhece mais alguma rede, comente e vamos aumentar essa lista. Comentem também as impressões que tiveram sobre cada estabelecimento e em quais seria muito interessante uma rede wi-fi disponível.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Trailer de TRON LEGACY

Puta que os parmito!! Muito legal o trailer de TRON Legacy:



Saudades do Tron original, que vi quando criança.
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